quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tédio consumado de um sábado noturno

Noite deprimente. Pra ser mais clara e objetiva. A vontade de não fazer nada é tão grande numa dessas noites, que você não sabe onde seria melhor estar, e o que fazer para animar um mísero minuto noturno de um sábado chato. Cansativo; tudo é clichê; acordar tarde, tomar café, depois almoçar, tomar banho e ir para o computador passar horas vendo algo que certamente não vai somar muito na sua vida, e conceitos próprios. Ver televisão é uma droga, não tem coisa pior e menos alienante. Sério. E até os seus amigos somem, e não fazem muita questão de estar com você em um dia insuportável desses. Simplesmente não servem para te fazer companhia ou te tirar de casa. Estão ausentes, afastados. O mais detestável ainda, é morar em uma cidade que você certamente nunca gostou, quando se é antissocial e as pessoas são medíocres, hipócritas, nojentas e sem senso. Difícil querer ser assim. É de dar pena, realmente. Não olho em volta. Impossível. Prefiro ficar aqui, dentro da minha casa. Pelo menos a angústia é minha, a decepção, o infortúnio, a sede e fome incessantes e todo o resto. Me descabelo e me estresso, sinto falta do que não vivi. As coisas que vivi já não fazem mais sentido; quero o novo, o incomparável; o que satisfaz. Saborear, experimentar e morder a vida com vontade; e matar, enterrar e esquecer esse tédio maldito que me consome e me corrói todas as 24 horas do dia.

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