sábado, 27 de fevereiro de 2016

Desejo Matinal (Crônica Erótica)

Estranho é acordar todos os dias com uma mesma sensação. Aquela de querer sempre o seu corpo em cima do meu. Sinto falta das poucas horas em que posso desfrutar do prazer intenso que nos envolve. Logo pela manhã, meu olfato traz seu cheiro masculino e leve ao mesmo tempo e fico farejando como uma cadelinha no cio o lugar onde você possa estar para desfrutar do seu sexo. É imenso o calor que percorre o meu corpo ao lembrar do toque das suas mãos, quando você as conduz até os meus seios duros, que sei que você adora, e logo parte para a ação de chupá-los loucamente, como um bebê que precisa ser amamentado.
Gosto de ver você com sede; sede essa de me pegar como se nunca quisesse soltar. Como se fosse a primeira vez que me tivesse nos seus braços. Sua barba enroscando no meu pescoço é a sensação mais excitante que já senti, e logo sinto que estou úmida, estremecendo perto de ti, percebendo o quão é bonito ver a sua calça e o volume que ela apresenta. Quero logo colocar as minhas mãos dentro dela e sentir a ereção. É uma brincadeira divertida saborear seu sexo; seu sabor é inexplicável. Na maioria das vezes, doce. Penso sempre em como é bom ver seus olhos brilhando em direção aos meus, vidrados, em busca de saciar uma sede incontrolável.
Enquanto eu vou colocando para fora os meus instintos, você penetra para o meu sonho profundo. Onde tudo pára, se apaga, se afasta. Para eu finalmente estar anexa a você, sem querer voltar ao meu subconsciente.


Fase instável

Não sei como funciona essa coisa de gostar de alguém. Quero tudo de imediato. "Sofro de urgências, não gosto de esperar." Como já dizia Clarice Lispector.
Procuro equilíbrio e as coisas mais saciáveis possíveis, não é difícil de entender. É uma mescla de possibilidades, momentos, desejos, emoções... Pode ser uma vida sem limites ou vontade de viver o inesperado; ou de criar a forma com que eu gostaria que fossem as minhas atitudes e as dos outros. Ausência de ideias e nostalgia me fazem querer agarrar o mundo, sem ter força suficiente para isso, já que a monotonia costuma tomar conta de mim diariamente; e o desespero por algo estável e complexo, vai tornando assim frustrante os meus pensamentos.